Brigas políticas agitam e atrapalham Itaara

Jaqueline Silveira

Brigas políticas agitam e atrapalham Itaara

Itaara é uma cidade pequena, mas muito agitada politicamente. A relação de Tita Desconzi com Silvio Weber não era boa e nem a do prefeito afastado com o presidente do Legislativo, Robertson Tatsch (PSB), Mano Zimmermann, embora pertençam ao mesmo partido.

No dia da operação, Weber, que foi afastado por 180 dias junto com a secretária de Educação e com o diretor de Serviços, alegou que não há “nenhuma irregularidade” em sua gestão e disse ser vítima de perseguição política de Zimmermann, que, por sua vez, negou as acusações feitas pelo prefeito afastado.

Mas pela nota divulgada por Tita, tudo indica que  sua relação é afinada com o Legislativo e, especialmente, com Zimmermann. “(…) No mesmo sentido, expressa-se gratidão ao Poder Legislativo que, logo nas primeiras horas, se mostrou ao inteiro dispor para contribuir na solução das questões críticas e de políticas públicas da cidade”, assinala um trecho da nota, que também agradece o trabalho dos servidores.

Em nota, prefeita em exercício de Itaara se manifesta

Uma semana após a operação do Ministério Público na prefeitura de Itaara e que resultou no afastamento pela Justiça do prefeito, o padre Silvio Weber (PSB), por supostas irregularidades em contratos de licitações, a vice-prefeita Salete Desconzi (PSB), ou Tita Desconzi como é chamada, manifestou-se por meio de nota.

Assinada pela prefeita em exercício (na foto, chegando à prefeitura no dia da operação, no dia 17), a nota informa que serão prestadas todas as informações solicitadas pelos órgãos de fiscalização e controle, e principalmente, “zelar pela transparência em todas as ações e cumprimento irrestrito às leis e princípios da administração pública”. “Neste momento de acentuados desafios, reafirma-se o compromisso de que os serviços públicos não serão afetados, inclusive com problemas que já foram sanados pela prefeita como primeiros atos, a exemplo da falta de medicamentos na rede pública de saúde, ações na educação, dentre outros”, afirma outro trecho do documento.

A nota informa, ainda, que “exonerações dos cargos de chefia e assessoramento são decorrentes da operação”, que foi denominada pelo MP de “Santidade”, e que “não guardam qualquer relação pessoal.” Acrescenta que a escolha de novos nomes ocorrerá por critério técnico. A assessoria informou à coluna que as alterações em secretarias serão anunciadas assim que concluídas.

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